terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

PELA GUARDA

Por estes dias estou pela Guarda.

É uma cidade pequena. Com secúlos de história, mas pequena de mais para ser cidade. Espero não estar a ofender ninguém com o que estou a escrever. Mas é verdade.

Cheguei às 2h da madrugada de segunda-feira, depois de três horas de viagem. Acreditam que não vi nem uma pessoa que fosse nas ruas?!?!?!

Isto em Lisboa, no Porto ou até em Coimbra era impossível.

É um reflexo da interioridade. Aqui, infelizmente, pouco ou nada se passa. E também não há nada para fazer. As lojas estão paradas no tempo e vendem roupas, sapatos e outros objectos que ninguém já parece ter vontade de comprar. Há apenas muito frio e pouco mais. O granito e o frio endurecem a vida, mais do que ela já é.

Esta manhã, quando fui dar uma volta pela cidade e visitar a imponente Sé, dei comigo a pensar: «Como é que estas pessoas conseguem viver aqui???».

A cidade é bonita. Mas confesso que não conseguiria viver aqui.
Mas tenho de admitir que posso estar bastante errado. Muito mesmo.

Aqui, podemos ter mais dinheiro, mas não há stresse. As pessoas parecem andar bem dispostas. Comem melhor, dormem melhor. Estão longe de tudo, mas parecem estar também bem melhor.

Tal como a Guarda, há tantas outras cidades neste país que parecem quase não ter vida. Têm, mas é uma vida diferente, a qual estranhamos e à qual não nos conseguimos habituar. É uma vida que não sabemos, não queremos (para já) e não podemos viver!

A nossa vida é outra! Bem diferente!

AINDA BEM QUE HÁ CIDADES COMO A GUARDA E VIDAS QUE SE VIVEM ASSIM!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

FALTA DE ÉTICA

Lembrei-me de escrever sobre este assunto (que me irrita bastante), porque acabei de enviar um mail ao responsável do Público On-line a protestar com aquilo a que eu chamo um plágio descarado.

Confesso, ESTOU FARTO!!!

ESTOU FARTO QUE ME ROUBEM E/OU COPIEM NOTÍCIAS SEM QUE CITEM AS FONTES SEM QUALQUER SATISFAÇÃO.

Vou dar três exemplos. O mais recente passou-se com o Público on-line. Logo no dia a seguir às cheias em Lisboa fiz uma notícia, citando um responsável do Inst de Meteo, a dizer que o Norte não tem nenhum radar metreológico.

A notícia passou toda a manhã na rádio. O que fez o Público on-line??? Ouviu e toca a copiar a ideia. Ligaram para o Inst. Meteo e vai de fazer a notícia igual, com a agravante de citarem fontes do Inst. de Meteo, sem sequer as identificar!!!

INACREDITÁVEL!!!

Segundo exemplo. Há uns tempos, ainda antes do Natal, fiz uma notícia sobre o facto de a GNR não conseguir ler os tacógrafos digitais que equipam os pesados.

O que aconteceu a seguir??? O DN copiou a notícia sem citar nada. O Público foi atrás. E ainda há dias, meses depois, a SIC volta dar a notícia como grande novidade.

Terceiro exemplo. O mais escandaloso de todos.

Um dia vou à sede da UGT para uma conferência de imprensa. Saio de lá com uma notícia. Devido ao processo dos dinheiros do Fundo Social Europeu a UGT vai ter de deixar a sede na Rua Buenos Aires.

Porreiro pá.

Chego à rádio e faço a notícia que vai para o ar no dia seguinte. Com declarações do João Proença a confirmar tudo.

24 horas depois... espanto. Manchete do DN: « UGT ABANDONA SEDE POR CAUSA DE DÍVIDAS».

SEM COMENTÁRIOS.

Teria muito para dizer sobre estes três casos que acabo de relatar. Dão que pensar, e muito, sobre o que é a ética dos jornalistas hoje em dia.

Confesso que me senti ROUBADO. Todos os meus amigos dizem que não há nada a fazer. Mas há. Trata-se de plágio. E isso é punível por lei.

As notícias que vos referi até podem ser uma merda, mas pelo menos tive de pensar um pouco para as conseguir fazer. Não tive estar à espera que alguém as fizesse primeiro para que as pudesse copiar depois.

Sempre me ensinaram que quando a notícia não é nossa, se cita quem a deu. É mais facíl copiar. Dá menos trabalho. Isto é revelador de uma enorme falta de respeito para com o trabalho dos outros, de falta de ética e do estado em que está o nosso jornalismo. Um jornalismo onde vale tudo.

No local onde trabalho, e ainda bem, citam-se as fontes das notícias que por incapacidade ou mérito dos outros, não conseguimos dar. Se as rádios invariavelmente citam os jornais, porque razão alguns jornais e jornalistas têm tanto pudor em citar as rádios. Serão menos jornalistas por isso???

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Afinal, a escravatura ainda existe

Tal como eu, vocês também devem pensar que a escravatura já tinha acabado.

ESTOU ENGANADOS! ELA EXISTE! Em moldes bem diferentes, mas com o mesmo efeito prático!

Para meio entendedor meia palavra basta!

Desaparecido em combate

Há que tempos que não passava por aqui.

Ainda não desapareci em combate, mas já faltou mais. As reportagens, os directos e os sons não me largam.

É tanta coisa que nem tenho tempo para vir aqui mandar uns bitaites. Hoje lá consegui um bocadinho.

Não vou dizer nada de especial, até porque a criatividade é pouca e o cansaço e o sono são muito maiores.

Não havendo melhor, vou ter de dizer, mais uma vez, mal do MEU BENFICA, depois de mais uma exibição lamentável na taça UEFA.

O SLBENFICA foi salvo por um milagre em Nuremberga. A dois minutos do fim o SLB estava a perder, e bem, por 2-0, e estava fora da Taça UEFA. Depois num rasgo de sorte e com muita confusão à mistura, o Cardozo conseguiu marcar um golo e repor o SLBENFICA na UEFA.

Segundos depois, o Di Maria, que não se percebe porque não jogou de início, fez o 2-2.Injusto para os alemães.

O MEU BENFICA continua na UEFA, para fazer não sei bem o quê????

Era melhor que tivesse sido corrido. Podia ser que assim o Camacho, que mostrou mais uma vez que não pesca nada de bola e que foi defender um 1-0 para a Alemanha, fosse também corrido.

Mais uma vez uma milagre salvou Camacho, mas de certeza que não vai ajudar nada o BENFICA. Pelo contrário!

Será que quem manda não quer ver que o homem não percebe nada de bola???

ESPERO, A BEM DO GLORIOSO, QUE NÃO FIQUE CÁ PRÓ ANO!!! Aí é que não há cativo para ninguém!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

CARNAVAL DEPRIMENTE!!!

O Carnaval em Portugal é actualmente das coisas mais deprimentes e o espelho de um país que tenta ter graça e ser engraçado, mas não tem graça nenhuma, se não vejamos.

Fevereiro é uma das alturas mais frias do ano. E é das alturas em que mais chove, mas esse pessoal que insiste em fazer um Carnaval tipo-Rio de Janeiro continua a prometer grandes desfiles e corsos. Claro que depois vem uma carga de água e choram muito porque não conseguiram desfilar! Estava à espera de quê???

Depois há ainda aquelas autênticas «febras» portuguesas a dançar em poses eróticas e arrojadas, nos desfiles que ficam a léguas das jeitosas das brasileiras. Mas que dizer!!!

Não menos ridículo e altamente deprimente é ver as criancinhas ( estou a falar daquelas que têm menos de ano e meio) mascaradas de tudo e mais alguma coisa.

Ontem, tive de ir a um centro comercial e o espectáculo foi do mais triste que se possa imaginar.

Miúdos de 6 meses a um ano vestido de Abelha Maia, Joaninha, Pintainho... enfim.

Via-se que as crianças não estavam a perceber nada do que lhes estava a acontecer, com aquelas vestes estúpidas enfiadas pelo corpo abaixo.

Que os pais queiram e gostem de fazer figuras tristes e ridículas, tudo bem ... agora que as crianças tenham de pagar porque os adultos já não têm coragem é que não.