SAUDADES

Às vezes dá-me para isto. Um dia destes, antes de adormecer e dormir num tirinho para vir bulir às 5h da matina, lembrei-me dos bons belos tempos de «LOUCURA» e «TITERADA» que vivi n' A Capital.

Foram tempos fabulosos e irrepetíveis, que deixam SAUDADES! Muitas, mesmo.

Nunca vou poder esquecer, entre outros (desculpem os que não citei), o grande Samu, o The Champions, o Adonis, o John, o Raminhos, o Maltez, a Goulart, o Torcato, o Mesquita, a Ana Clara, o Claro; a Milocas, a Mira, a Elsa; o Bruno Pires e a Susana e toda a equipa da Grande Lisboa ( Teréré; AGO; Mariana; a Ferrarri; a Cátinha; a Patita; o LaudinhoLaudinho; o Guedes).

Foi bom trabalhar num local assim, com gente desta, que nunca se esquece.

CASTANHEIRA DA SERRA: O PARAÍSO PARA AS FÉRIAS

Perdida na Serra do Açor (Paisagem Protegida), a pequena povoação de Castanheira da Serra esconde-se entre as imponentes montanhas que a rodeiam.
Vitíma do isolamento e da interioridade, fustigada por vários incêndios florestais, esta aldeia do concelho Pampilhosa da Serra, freguesia de Fajão, acolhe, actualmente, pouco mais de uma dezena de pessoas, a maioria idosos.
Longe vão os tempos em que esta aldeia, construída em xisto, era habitada por mais de 50 famílias, segundo relatos dos mais velhos. A fuga para as grandes cidades do Litoral, em especial Lisboa, e a emigração para a França, durante a vigência do Estado Novo, na busca de uma vida melhor, conduziu à, inevitável, desertificação.
No Verão, o tempo parece voltar para trás e em Agosto os filhos da Terra regressam à Castanheira da Serra. É ali que muitos passam as suas férias ou aproveitam para recuperar forças nos fim de semana prolongados.
A beleza natural; o verde, o ar puro; o silêncio e o «bem receber» das gentes da Serra, é o que a Castanheira da Serra tem para oferecer a quem a visita. No Verão pode esperar dias muito quentes. No Inverno, prepare-se para o frio, e por vezes, para a neve. É que a Castanheira eleva-se quase aos mil metros de altura.
Quando visitar esta pequena aldeia, não pode deixar de passar pelas míticas fontes de água pura, fresca e cristalina, escondidas entre um conjunto de imponentes castanheiros centenários (há quem diga mesmo milenáres, devido ao grandioso porte que estas árvores exibem).

A «Fonte dos Namorados», mais reservada e escondida, é ideal para... namorar.

A da «Palaia», ideal para quem quer fazer uma boa patuscada.
O queijo curado de cabra, o mel (puro) e água-ardente de mel ou de medronho são produtos, cada vez mais raros, mas de inegável qualilade, que deve procurar provar quando visitar a Castanheira da Serra.
A chanfana de cabrito, a saborosa broa de milho, as filhós e a tijelada, são alguns dos pratos típicos desta pequena aldeia, inserida na região do Alto Ceira.
Para ajudar a fazer render as pequenas reformas, os poucos habitantes desta aldeia dedicam-se à prática de uma agricultura de subsistência - produção de batata, milho, feijão - e à criação de gado, em especial de cabras.
A Comissão de Melhoramentos de Castanheira da Serra, cridada em 1952, tem tido um papel decisivo e fundamental no desenvolvimento desta pequena aldeia.
Entre os vários melhoramentos realizados por esta colectividade de cariz regionalista contam-se: a construção do ramal de acesso da estrada principal à aldeia; a construção da Casa do Povo - onde todos os castanheirenses se reúnem para beber um café, para dois dedos de conversa, uma partida de Suéca ou, simplesmente, ver televisão - a construção de um campo de futebol de cinco; a construção de uma piscina - equipamento que faz as delícias dos mais novos -; e a construção da rede e tanques de abastecimento de água à população - a água, que existe em abundância na zona e que é captada e armazenada em dois tanques de grande porte, para depois ser distribuída, gratuitamente, por toda a população.
São Tiago é o padroeiro desta pequena aldeia, sendo que as festas em sua honra se realizam a 15 de Agosto. Na pequena Capela de Castanheira da Serra realce para a existência de uma pequena imagem de Santa Goreti, que dizem ter sido trazida de Itália.
Quem visita a Castanheira da Serra, promete voltar depressa ao «paraíso» que encontrou perdido na Serra do Açor.

O VALETE É QUE TEM RAZÃO!!!

Lamento dizer isto, mas o Vale e Azevedo, que pode ser um grande vigarista, tem razão numa coisa que disse na entrevista em directo na SIC.

Ele foi e vai continuar a ser o único carola que foi julgado, condenado e preso pelos delitos que cometeu. Os outros continuam e vão continuar impunes. Veja-se a mais recente decisão do tribunal ( em caixa baixa, porque não tem dignidade para ter caixa alta) de não levar a julgamento ninguém no caso da «Fruta», em que estavam envolvidos senhores do apito e o inevitável PC.

Afinal, não houve fruta nenhuma. PC nunca deu fruta a ninguém, nem jantou com os senhores que iam apitar os jogos do FCP no jogo a seguir.

Vale e Azevedo pode ser o pior criminoso, mas depois de ver tudo isto os portugueses sérios começam a dar-lhe razão, infelizmente.

Enfim, a fantochada continua e promete continuar, com muita fruta, apitos dourados, casas pias e furacões.

OBRIGADO TORCATO!

Podia aqui desfazer-me elogios. Mas não o vou fazer. Não é preciso.
Para mim e para todos os meus colegas foi um enorme prazer e um grande privilégio trabalhar e aprender (aprender muito, muito mesmo) com o MESTRE TORCATO ( O TORCATÃO, como carinhosamente lhe chamávamos n' A Capital).

Foi um grande jornalista. Um mestre. Um professor. Mas era também um grande homem.
Confesso que adorava provocá-lo. Picá-lo. Contradizê-lo. Pois sabia que era um homem de convicções e reacção forte e tempestuosa, que nunca mudava de opinião. Gostava de o ouvi-lo insultar-me sem nunca me ofender. O Torcatão era assim. Violento mas meigo ao mesmo tempo. Duro mas doce. Professor e pai.

Nunca me vou esquecer das horas que passei com ele e com o João Mesquita a corrigir um texto meu. «João Mesquita, fecha-me essa merda (a página)... amanhã não haverá jornal e o senhores leitores não lerão», gritava furiosamente o Torcato para um impávido e sereno João Mesquita que, de cigarro na boca e mão no rato, insistia em reler o texto pela centésima vez, ponto a ponto. Virgula a virgula.

Um dia, depois de mais um fecho atribulado, Torcato explicava que as palavras no calor das últimas páginas não era levar a sério. «Não liguem ao que se diz à hora de fecho». Nem era preciso dizer.

O Torcato era um bom homem.
Já temos saudades!
OBRIGADO TORCATO!

TENHAM VERGONHA!!!

As câmaras municipais vão cobrar uma taxas aos municípes depois do Parlamento ter acabado com a taxa que os utentes pagavam injustamente pelo alegado aluger dos contadores.

As câmaras como prestam um excelente serviço aos seus municípes ainda se arrogam o direito de cobrar abusivamente por um serviço de merda que prestam e que já de si é caro.
Querem o dinheiro para quê??? Para gastar em rotunda e pagar aos milhares de funcionários que lá têm para não fazer nada???
Nunca mais há um Governo que acabe com esta palhaçada do municipalismo. Só num país tão pequeno há 308 câmaras e mais de 1000 freguesias. Para quê???? Para estragar dinheiro e dar emprego aos amigos. Só isso, mais nada. E quem paga isto tudo, claro, somos nós...
VERGONHA.

O preço da gasolina e do gasóleo, que está quase ao mesmo preço da primeira, não pára de aumentar. Os preços aumentam em todas as gasolineiras ao mesmo tempo. Toda a gente vê. Parece que só os senhores da Autoridade da Concorrência andam há anos para ver isso, e mesmo assim não conseguem ver nada! Serão ceguinhos???
VERGONHA.

O meu filho nasceu na Maternidade Alfredo da Costa. Diz que há lá uma espécie de gabinete do projecto «Nascer Cidadão», que garante aos pais que os filhos deixam não deixa a maternidade sem serem registados. Puro engano. Estive duas horas num corredor à espera, com o puto dentro do ovo, para nada. «Não há sistema!!! Está em baixo. É assim há mais de um mês!!!» Resultado, duas reclamações no Livro Amarelo. Fico à espera da resposta.

Dois dias depois, desloco-me à Conservatória do Registo Civil, na Fontes Pereira de Melo. Onze balcões, apenas uma funcionária. Um papel afixado na porta que rezava mais ou menos assim: «Só temos uma pessoa no atendimento, se houver muita gente para atender podem dirigir-se a outras conservatórias, instaladas no mesmo edifício». Desculpem??? Importam-se de repetir???

A seguir, a história repete-se... «blá blá blá... que não há sistema, se calhar não conseguimos fazer o registo...» Queres ver que o puto só é registado quando tiver barbas e andar na Universidade!!!???

Como era hora de almoço o sistema, talvez por estar mais leve, lá acabou por colaborar. O puto foi registado. Mas, a senhora à minha frente desfez-se em desculpas! «É o sistema», como dizia o outro e com razão.
VERGONHA.

JÁ NASCEU O AFONSINHO

É bonito, sai ao pai e à mãe também. Escondam as vossas filhas!!! EHEHEHE!
Parece que não tem feitio soviético.
E promete ser o sucessor do Rui Costa no GLORIOSO SLB.
Foi um dos momentos mais emocionantes e inesquecíveis da minha vida. Valeu a pena. Apartir de agora tudo é relativamente importante quando comparado com o Afonsito.
OBRIGADO A TODOS!

O 25 DE ABRIL VALEU A PENA???

O meu avô era comuna e eu herdei-lhe, com orgulho, o feitio soviético. Não sou comuna, mas reconheço a importância dos comunistas na conquista da Liberdade. Sem ela, não poderia estar aqui esta noite, no local onde foi lido um dos comunicados na noite da Revolução, a escrever no meu blogue pessoal.

Recentemente, estive na China e verifiquei que não conseguia aceder ao meu blogue, por exemplo.

Mas o 25 de Abril não serviu apenas para nos trazer Liberdade - algo que muitos confundiram e continuam a confundir com anarquia.

Tinha pouco mais de 6 meses quando se deu a Revolução. Foi algo que não vivi, mas sei que foi importante. O que sei, aprendi por mim. Na escola, pouco ou nada me ensinaram.

A pergunta que se impõe, 34 anos depois, é: o 25 de Abril de 1974 valeu a pena???

Não me arisco a dizer que não. Claro que valeu, mas em parte acho que tem vindo a ser uma oportunidade perdida.

A conquista da Liberdade era fundamental, mas a Revolução não podia resumir-se a isso. Havia muito mais para fazer. E foi isso que, 34 anos depois, ficou por fazer! A Revolução está longe de se cumprir.

O país está longe de ser o sonhado. Muito longe mesmo. Não se desenvolveu. Pelo contrário, as desigualdades são cada vez maiores. A aposta na Educação falhou. O desenvolvimento económico também.

O 25 de Abril valeu e continua a falar a pena, mas depois da Liberdade há muito mais para conquistar... e por este caminho arrisca-se a ser um oportunidade perdida e para sempre falhada.

Não é ao acaso que cada vez mais ouço dizer: «no tempo do Botas não havia nada disto, nessa altura... blá, blá,blá»...

São elogios a uma ditadura que felizmente morreu, mas que, estranhamente, parece deixar saudades a muitos portugueses. Por um lado até os compreendo. Quando aconteceu o 25 de Abril acreditaram. Acreditaram num país livre, mas também num país melhor e desenvolvido. Um país que três décadas depois não existe. Muitos por culpa dos políticos que nos governaram mas também por culpa dos portugueses que não foram suficientemente exigentes com esses políticos e com eles próprios.

Se Abril não se cumpriu (dificilmente se vai cumprir) a culpa é de todos!!!

25 de ABRIL SEMPRE!!!