quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O que é que o Tokyo tem????

Um destes dias fui ao Tokyo, ali no Cais do Sodré.

Não sou cliente habitual, longe disso! Vou lá, de tempos a tempos, com amigos que a meio da noite acabam sempre por sugerir uma ida ao Tokyo.

Não consigo perceber o sucesso daquele bar. É um local muito retro (a decoração resume-se a um espelhos nas paredes e umas luzes coloridas), acanhado, que está sempre cheio e com música que já não se ouve há quase 20 anos.

O que é certo é que cada vez que lá vou, aquilo está sempre a deitar por fora e o mais estranho é que há sempre muitos jornalistas por ali.

Nos últimos tempos, fui lá duas vezes com o meu amigo Guedes, e se eu já acho aquilo estranho, então o Guedes nem se fala. Haviam de o ver, totalmente deslocado a olhar para aquela gente toda a cantar e a dançar músicas que ele não conhece e nunca ouvi. LOL!

Dou-te razão amigo Guedes, às vezes também me pergunto: O que é que o Tokyo tem???

Será a Super Bock de garrafa a dois euros e meio????

12 comentários:

NG disse...

O que é que o Tokyo tem?!
A questão é interessante, sem dúvida... e a sua resposta vai resolver muitos dos problemas que afectam o nosso pobre mundo.
Não sou frequentador assíduo, mas a primeira vez que visitei o espaço fui levado por um colega que me falava muito bem daquilo. Durante a noite, foi-me descrevendo o nome das músicas que saiam das colunas... acompanhados das datas em que tocaram pela primeira vez nas rádios.
Os números eram assustadoramente baixos. Ou seja, quase sempre anteriores ou próximos da minha data de nascimento, numa época onde no máximo e com sorte ouvia o vitinho ou a abelha maia. Rapidamente percebi que estava deslocado.
A sensação mentém-se. Mas por alguma razão que desconheço, dou-me bem com pessoal mais velho que gosta do espaço e de um nome que a mim só me fazia lembrar a capital do Japão.
Porquê ir ao Tóquio é uma pergunta que tem de ser feita a quem o procura. Mas eu, aposto na música de um passado que, objectivamente, já passou... e na cerveja, que desde o início me foi estranha por ser bebida directamente da garrafa, algo inédito em qualquer discoteca que frequento. Sinais dos tempos.

Luis Claro disse...

O tokio tem memória meus amigos...

Anónimo disse...

Doctor House, esse comentário sai ou não sai!!!

NG disse...

Conta essas memórias, sff.

Anónimo disse...

O que Tokyo tem? A pergunta faz lembrar um anúncio dos anos 80 mas substitua-se a palavra por Baía e Baiana. O Tokyo

tem muita coisa... e, na realidade, pouca.
Relembro factos quase históricos, por ordem quase cronológica.
Bem perto do Texas, com a decoração da autoria de Cassiano Branco.
Em frente ao Shangri-la, ladeado do Jamaica e à vista do Copenhagen.
Era o local onde nos anos 80 os punks e afins disputavam a pista por por uma cotovelada ao estilo Johnny Rotten, um

grito tipo Nina Hagen, um esgar like the Dead Kenedys ou um pulo à New York Dols.
O Mário Dias, o incontornável gago da TSF que não gageja ao microfone, aos comandos do gira-discos, a cerveja que

corria a rodos entre os cigarros mais ou menos proibídos... a rivalidade saudável do Shangri-la (discoteca de boa

memória). E um happening ímpar que juntava os copos às meretrizes menos jovens pouco antes dos raios de sol

ordenarem a debandada.
Mais tarde, a moda do Tokyo por oposição às batidas fortes do trance, da irritação do Jesus del Campo e do hard

tecno, all over. A tradição certeira do dejá-vu, a reserva moral de um tempo.
Mais recentemente, as festas de fecho de edição... do Indy. Onde administradores se juntavam na boa língua contra os

directores ou as noites ébrias que terminavam no Lux ou quiçá, numa mais do que relação laboral.
Dos últimos tempos... o DE e os rivais do Negócios... muito menos interssantes, diga-se. Sem dignidade de registo.
A música é de facto má. E se os pop U2 ou os comercialões Bon Jovi fazem as delícias dos dançantes... a maior parte

até nem gosta, mas como sempre, a partir do 15º copo, a música é secundária.
Definitivamente não aposto na música... são sons que não ouço por opção, nunca. Havia muito mais, mas esse muito é

pessoal e poucas vezes transmissível.

Nota de rodapé: a cerveja deve ser sempre bebida da garrafa... é mais higiénico.

NG disse...

É impressão minha ou os punks desapareceram...

Anónimo disse...

Desculpa lá Doctor House, mas a pergunta era: "O que é que o Tokyo tem?". E não o que é que o Tokyo tinha???

A tua resposta foi toda baseada no passado e não no presente.

Concordo contigo sobre a apreciação quanto à concorrência dos economicos!

NG disse...

O estranha é que aquilo não apenas tinha, como ainda tem muita gente...

TONY, Duque do Mucifal disse...

Gostas é de andar em ambientes de podridão.Ver a decadencia urbana.
O Cais do Sodré possui cheiros impróprios para uma capital europeia.
Muita puta se encontra naquelas esquinas. E o nome de bares com o nome de capitais mundiais dá-lhe um ar de chinatown - oslo, tokyo e helsinquia.

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Tony, sei que Vossa Excelência é mais Bairro Alto, em especial Maria Cachuxa.

Confesso que também me agrada mais. É mais limpo, mais arejado, melhor frequentado. Só tem um defeito: não se bebe Super Bock por garrafa e o preço das bebidas é uma chularia.

Anónimo disse...

A cerveja só sabe bem quando é bebida pla garrafa. Que a diga a bela "mini".

NCM


Dr. House AKA padrinho da Mafia, gostei de te ler